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sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Só por existir... 

Por razões óbvias a quem repare no encadeamento das “postas de pescada” que vêm sendo deitadas para cozinhar neste caldo de letras, relembrei “O Admirável Mundo Novo” e claro o Aldie (suponho que também a mim permitas tal tratamento...).
Já estivemos com certeza mais longe do teu mundo novo... Não precisamos do sexo para criar, nascer ou fazer nascer. Não estivemos já mais longe de construir pessoas de acordo com a função exigida para que a sociedade funcione de forma "perfeita" (QIs limitados às necessidades dos serviços para que seremos predestinados). Os sentimentos que em nada contribuem para o funcionalismo da sociedade serão vergonhosos, ... defeitos inconfessáveis; e a felicidade será facilmente comprada em forma de um "aditivo".
Temos consciência da dureza da realidade mas, impotentes perante ela, incapazes de modificá-la, “aditivamo-nos” para estar bem porque esta realidade não nos satisfaz. Sublimamos as nossas angústias, escapamos por alguns instantes. Mas, enquanto houver angústias, ainda haverá algum espaço para a luta, a esperança.

“Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra. E sei que nenhuma vai ganhar. Só por ter dois sóis, só por hesitar fiz a cama na encruzilhada, e chamei casa a esse lugar...”
Jorge Palma

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