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segunda-feira, abril 12, 2004

A nossa música 

Hoje que te vi fiquei feliz. Senti um arrepio no estômago, dos bons, e lembrei-nos elevados, suados e entrelaçados como no jogo das pintas de quando éramos crianças, perdida em ti. rebeldes como na música. tu forte ___ animal, como só ali os teus olhos são, deixando pousados na cabeceira como óculos de ler os teus olhos ternos, carinhosos, de quem compreende tudo muito para além do que lhe é explicado.

Não sei porque me aparecem agora as coisas mais cor-de-rosa. Assim são as músicas. Passamos por elas todos os dias no carro para lá, no carro para cá. Em casa, um copo de vinho e vinte amigos para jantar. E um dia, entre o sinal verde da Av. da República e o vermelho já na Fontes Pereira de Melo, percebemos que já não as ouvimos. Já não são músicas, já não têm melodia, só sentido(s). Somos nós ou os outros. Um jantar, uma conversa. Uma vida ou parte dela.

Querida Rosita,
Uns meses e alguns pares de postas atrás medias o teu dia em cigarros, pois seremos todos assim?, por entre os cigarros e puxando um cigarro, meço também a minha vida em músicas. As pessoas e as coisas em música(s).
Bacalhau com música. Bushmills com duas músicas...

Lembra-me uma história que me contaste sobre uma doença rara que incapacita o nosso processador de distribuir as reacções à coisa ou ao facto pelo sentido que mais se lhe adequa, lembras-te?
O mesmo é dizer que nos possibilita reagir ao facto, à coisa com todos os nossos sentidos, por inteiro, estamos completos em tudo (tem algo de dramático.). Aquele vestido encarnado é demasiado estridente....

Hoje a minha música, nossa, soube-me bem!
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