quinta-feira, julho 22, 2004
Aller, Aller!
Olá queguidos, aqui estou eu no Espíguito Santo, em fguente à pastelaguia na Gua Bagata Salgueigo.
Daqui a pouco mais de um mês FUI! FOMOS! 'TAMOS LÁ! Let's GOOOOOOO ÍNDIA! |
terça-feira, julho 13, 2004
Maria de Lourdes Pintasilgo
Maria de Lourdes Pintasilgo
sábado, julho 10, 2004
Eu passo!
Eu passo... estou fora!
Mandasse eu alguma coisa neste país (e ainda bem que não para o bem da Nassongue!) era isso que me ocorreria dizer nesta situação. Mas não, o presidente decidiu e decidiu com certeza muito bem, pois se não é para isso que ele cá está? Não lhe gabo a cadeira!
Está decidido! Serei Santanete!
E Ferro demite-se, mas porquê, pergunta-se? Derrota pessoal como? Ó meu amigo, amigos amigos, negócios à parte.
Estou muita baralhada. Vou para a Irlanda tirar umas férias, os gajos lá é que são porreiros!
Morreu Maria de Lurdes Pintassilgo. Terá sido de triteza? Alguém que nos salve que a jangada já está bem perdida no meio do oceano e nós somos demasiado pequenos para que dêem pela nossa falta. Que venham nuestros hermanos... e que nos queixemos menos___ e que façamos alguma coisa por nós! ... e porque já não aparece no DN...
Vasco Pulido Valente - "Mentira"
"Pobre Sampaio. Para começar, há a questão da legitimidade. Nomear Santana Lopes seria legal, mas não seria legítimo. Mais de metade do país já percebeu isso. Como já percebeu que a confiança na democracia não resiste, se as regras, mesmo tácitas, não se cumprem. As palavras «traído» e «burlado», que usaram alguns comentadores, reflectem um sentimento geral. Quem não viu ainda esta evidência anda alegremente na lua. Só que a alternativa assusta. Fora da absurda histeria do futebol, Portugal está hoje dividido como nunca esteve desde '75. O «centro» desapareceu, o «consenso» acabou. No PSD e no PS, os «moderados» saíram. Guterres fugiu e agora fugiu também Barroso. Nada de eufemismos: fugir foi o que eles fizeram. E deixaram para trás gente de um extremismo emocional e político, que promete o pior. O dr. Ferro levou o PS para a Esquerda e Santana Lopes (com Barroso) levou o PSD para a Direita. Tão para a Esquerda e tão para a Direita que o único aliado, ou interlocutor, possível do PS é o dr. Louçã e o único aliado, ou interlocutor, possível do PSD é o dr. Portas. Santana Lopes depende hoje de Portas. Ferro, sem maioria absoluta, dependerá de Louçã e, com maioria absoluta, da sua franja radical. De resto, os dois criaram o caos nos seus próprios partidos, pela demagogia e pela intriga, e os dois, se amanhã governassem (Santana por nomeação, Ferro por eleição), tornariam a «crise» incurável e permanente. Um e outro não inspiram vestígio de respeito; um e outro não se recomendam. Má sorte? Não. Nem Sampaio, nem os portugueses se devem queixar. Estas coisas não sucedem por acaso. Precisam, para suceder, de anos de indiferença, irresponsabilidade e conformismo. Os principais responsáveis pelo presente desastre, o dr. Barroso e o eng. Guterres, passeiam por aí com o respeito público. Mentira?"
in DN
Mandasse eu alguma coisa neste país (e ainda bem que não para o bem da Nassongue!) era isso que me ocorreria dizer nesta situação. Mas não, o presidente decidiu e decidiu com certeza muito bem, pois se não é para isso que ele cá está? Não lhe gabo a cadeira!
Está decidido! Serei Santanete!
E Ferro demite-se, mas porquê, pergunta-se? Derrota pessoal como? Ó meu amigo, amigos amigos, negócios à parte.
Estou muita baralhada. Vou para a Irlanda tirar umas férias, os gajos lá é que são porreiros!
Morreu Maria de Lurdes Pintassilgo. Terá sido de triteza? Alguém que nos salve que a jangada já está bem perdida no meio do oceano e nós somos demasiado pequenos para que dêem pela nossa falta. Que venham nuestros hermanos... e que nos queixemos menos___ e que façamos alguma coisa por nós! ... e porque já não aparece no DN...
Vasco Pulido Valente - "Mentira"
"Pobre Sampaio. Para começar, há a questão da legitimidade. Nomear Santana Lopes seria legal, mas não seria legítimo. Mais de metade do país já percebeu isso. Como já percebeu que a confiança na democracia não resiste, se as regras, mesmo tácitas, não se cumprem. As palavras «traído» e «burlado», que usaram alguns comentadores, reflectem um sentimento geral. Quem não viu ainda esta evidência anda alegremente na lua. Só que a alternativa assusta. Fora da absurda histeria do futebol, Portugal está hoje dividido como nunca esteve desde '75. O «centro» desapareceu, o «consenso» acabou. No PSD e no PS, os «moderados» saíram. Guterres fugiu e agora fugiu também Barroso. Nada de eufemismos: fugir foi o que eles fizeram. E deixaram para trás gente de um extremismo emocional e político, que promete o pior. O dr. Ferro levou o PS para a Esquerda e Santana Lopes (com Barroso) levou o PSD para a Direita. Tão para a Esquerda e tão para a Direita que o único aliado, ou interlocutor, possível do PS é o dr. Louçã e o único aliado, ou interlocutor, possível do PSD é o dr. Portas. Santana Lopes depende hoje de Portas. Ferro, sem maioria absoluta, dependerá de Louçã e, com maioria absoluta, da sua franja radical. De resto, os dois criaram o caos nos seus próprios partidos, pela demagogia e pela intriga, e os dois, se amanhã governassem (Santana por nomeação, Ferro por eleição), tornariam a «crise» incurável e permanente. Um e outro não inspiram vestígio de respeito; um e outro não se recomendam. Má sorte? Não. Nem Sampaio, nem os portugueses se devem queixar. Estas coisas não sucedem por acaso. Precisam, para suceder, de anos de indiferença, irresponsabilidade e conformismo. Os principais responsáveis pelo presente desastre, o dr. Barroso e o eng. Guterres, passeiam por aí com o respeito público. Mentira?"
in DN
terça-feira, julho 06, 2004
Mis en scène
Mis en scène, misancéne, mizancene____ MIS EN SCÈNE!
Há uns anos ria-me muito com uns amigos do meu avô cuja palavra preferida (in the whole wide world!) era "alguidar". Tanto que era esse o nome que queriam dar à filha que iam ter. Não sei o que lhes aconteceu, nem se a filha sempre dá pelo nome de Alguidar. De cada vez que recordo esta história recordo também as minhas próprias idiossincrasias, e em especial a que se refere à inexplicável relação que mantenho com a expressão "MIS EN SCÈNE".
Sempre me fascinou, mesmo antes de lhe conhecer o significado, mesmo antes de lhe dar corpo. Diria até, mais, antes de tudo isso. Antes de a consporcar. Até aí ela era uma expressão mítica e de uma complexidade só minha, onde cabiam os meus sonhos, e talvez já nessa altura também os desejos, perversões. Tinha um certo cariz erótico.
Transportava-me para onde tudo era possível e era certo e onde as justificações são as vontades e as razões. O palco da sala do lado. O palco onde as representações não interessam, o público não está, e portanto não são precisos os críticos. O palco por eles esquecido e ignorado.
Tenho pena que tenha perdido parte dessa carga. Mantém a beleza fonética e melódica, a força de metáfora incontornável por aquilo que foi, mas perdeu o mistério e a omnipotência.
Deixo aqui "Ma Mère", mis en scène por Christophe Honoré e com a sempre impressionante Isabelle Huppert, não será genial por certo...
Food for MY thought: Não existe (em abstracto) a preversão.
Um acto só terá consequência se a ele sobrevivermos. Só aí poderá ser julgado, valorizado. Só aí terá passado de facto a acto.
Os factos só são relevantes quando impactam nas telas das relações, quando as alimentam e as moldam qual bonsai.
Esse é o perigo, esse é o desafio!
E é bom.
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Há uns anos ria-me muito com uns amigos do meu avô cuja palavra preferida (in the whole wide world!) era "alguidar". Tanto que era esse o nome que queriam dar à filha que iam ter. Não sei o que lhes aconteceu, nem se a filha sempre dá pelo nome de Alguidar. De cada vez que recordo esta história recordo também as minhas próprias idiossincrasias, e em especial a que se refere à inexplicável relação que mantenho com a expressão "MIS EN SCÈNE".
Sempre me fascinou, mesmo antes de lhe conhecer o significado, mesmo antes de lhe dar corpo. Diria até, mais, antes de tudo isso. Antes de a consporcar. Até aí ela era uma expressão mítica e de uma complexidade só minha, onde cabiam os meus sonhos, e talvez já nessa altura também os desejos, perversões. Tinha um certo cariz erótico.
Transportava-me para onde tudo era possível e era certo e onde as justificações são as vontades e as razões. O palco da sala do lado. O palco onde as representações não interessam, o público não está, e portanto não são precisos os críticos. O palco por eles esquecido e ignorado.
Tenho pena que tenha perdido parte dessa carga. Mantém a beleza fonética e melódica, a força de metáfora incontornável por aquilo que foi, mas perdeu o mistério e a omnipotência.
Deixo aqui "Ma Mère", mis en scène por Christophe Honoré e com a sempre impressionante Isabelle Huppert, não será genial por certo...
Food for MY thought: Não existe (em abstracto) a preversão.
Um acto só terá consequência se a ele sobrevivermos. Só aí poderá ser julgado, valorizado. Só aí terá passado de facto a acto.
Os factos só são relevantes quando impactam nas telas das relações, quando as alimentam e as moldam qual bonsai.
Esse é o perigo, esse é o desafio!
E é bom.