terça-feira, agosto 03, 2004
Non-upgraded version
Em tom de resposta ao mui caro leitor Fantasma da Ópera, porque a discussão traz quase sempre novo conhecimento ou renovada consciência, e porque a tecnologia utilizada a um novo post obriga.
Pela parte que me toca muito agradeço a consideração e apreço que revela pela nossa humilde casa e agradeço também a oportunidade para uma reflexão mais profunda sobre uma qualquer "res" ou mesmo apenas para um exercício de verborreia que permita o desemperrar da mente em simultâneo com a decoração desta tão querida casa tornando-a menos despida ou mais cheia de traquitanas.
"As melhores coisas da vida não são coisas"
Admito que um primeiro olhar sobre a reflexão que aqui o trouxe não me desperta grande curiosidade até porque me parece demasiadamente óbvia.
Um erro claramente! Facilmente se conclui pela experiência que as evidências mais óbvias são aquelas que se mostram de mais difícil justificação.
Cortando e deixando aqui algumas postas da minha pescada:
Mesmo para quem as melhores coisas são efectivamente coisas, não são estas que são as melhores, mas as suas repercussões.
O objecto, facto ou acto por si sós não serão provavelmente passíveis de avaliação ou adjectivação. A sua qualificação e adjectivação dependerá em todos os casos do seu impacto nas sensibilidades do sujeito.
Haverá, com certeza, actos, objectos ou factos - coisas - cujos impactos no sujeito são mais universais, generalizados ou até (...um pouco a medo) objectivos, mas não me parece que tal observação empírica possa ser explicada por alguma característica desta categoria de coisas, mas antes de um contexto moral e social que torna as consciências e sensibilidades dos sujeitos sobre as mesmas muito aproximadas.
Assim sendo, a melhor coisa da vida somos nós?
Se as sensibilidades nos pertencem e são, em cada um, únicas, e aquilo que transforma e dá relevância à res é a "qualidade" dessa mesma sensibilidade, chego indubitavelmente à conclusão de que a coisa é tanto melhor quanto nós a fizermos, pelo que a melhor coisa não é coisa, é a melhor sensação ou sentimento, é a melhor sensibilidade.
Sendo as sensibilidades pessoais e intransmissíveis, a melhor coisa somos mesmo nós.
O que me leva a concluir que a afirmação resulta e demonstra não uma bondade insofismável, mas sim ___________um insofismável egoísmo!
Pela parte que me toca muito agradeço a consideração e apreço que revela pela nossa humilde casa e agradeço também a oportunidade para uma reflexão mais profunda sobre uma qualquer "res" ou mesmo apenas para um exercício de verborreia que permita o desemperrar da mente em simultâneo com a decoração desta tão querida casa tornando-a menos despida ou mais cheia de traquitanas.
"As melhores coisas da vida não são coisas"
Admito que um primeiro olhar sobre a reflexão que aqui o trouxe não me desperta grande curiosidade até porque me parece demasiadamente óbvia.
Um erro claramente! Facilmente se conclui pela experiência que as evidências mais óbvias são aquelas que se mostram de mais difícil justificação.
Cortando e deixando aqui algumas postas da minha pescada:
Mesmo para quem as melhores coisas são efectivamente coisas, não são estas que são as melhores, mas as suas repercussões.
O objecto, facto ou acto por si sós não serão provavelmente passíveis de avaliação ou adjectivação. A sua qualificação e adjectivação dependerá em todos os casos do seu impacto nas sensibilidades do sujeito.
Haverá, com certeza, actos, objectos ou factos - coisas - cujos impactos no sujeito são mais universais, generalizados ou até (...um pouco a medo) objectivos, mas não me parece que tal observação empírica possa ser explicada por alguma característica desta categoria de coisas, mas antes de um contexto moral e social que torna as consciências e sensibilidades dos sujeitos sobre as mesmas muito aproximadas.
Assim sendo, a melhor coisa da vida somos nós?
Se as sensibilidades nos pertencem e são, em cada um, únicas, e aquilo que transforma e dá relevância à res é a "qualidade" dessa mesma sensibilidade, chego indubitavelmente à conclusão de que a coisa é tanto melhor quanto nós a fizermos, pelo que a melhor coisa não é coisa, é a melhor sensação ou sentimento, é a melhor sensibilidade.
Sendo as sensibilidades pessoais e intransmissíveis, a melhor coisa somos mesmo nós.
O que me leva a concluir que a afirmação resulta e demonstra não uma bondade insofismável, mas sim ___________um insofismável egoísmo!
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