segunda-feira, outubro 11, 2004
E a Galactica está a passar na SIC Radical!
O mundo está todo feito para me fazer voltar à adolescência! Eles andem aí!
Senão vejamos, como é que se explica que apareçam ou reapareçam, ao mesmo tempo, dois marcos da minha adolescência. Querem fazer-me sentir velha? Não! Acho que querem mesmo fazer-me entender que nada mudei!!! Como é que é possível? Não vi nenhum deles ainda, até porque o
filme
ainda não estreou.
Mas palpita-me que me falarão como me falaram. Terei parado nos 16 anos. Pensando bem, a
série
deve até ser mais velhota. Terei parado ainda mais atrás???
Dá um significado completamente diferente àqueles simpáticos comentários do estilo “Que engraçado, pareces mais nova!”
E eu a pensar que era bom?!?!? A carinha de menina manter-se-ia até aos 60 e nunca ninguém me diria: “Estás com um ar cansado, a vida tem-te deixado marcas.”
Se calhar não dizem, porque não deixa mesmo. Assim não vale, assim não quero jogar! Quero que ela me deixe marcas, só não quero é que se vejam.
Acho que deve estar a funcionar ao contrário. Devia ter suspeitado disso quando passeando (já um pouco irritada, confesso!, com a enorme multidão que insistia em formar uma barreira intransponível) pelo Bairro Alto a tentar furar até ao bar do costume, um puto dos seus 18 anos se vira para o outro e, referindo-se a mim, lhe diz naturalmente: “Olha aí! Deixa passar a senhora.”
Sim, eu, a minha pessoa, a senhora!!!!! Não é aceitável. NÃO!!!!!
E, não fosse já isto suficientemente mau, descubro agora que com enorme probabilidade, serei, para o resto da vida uma adolescente presa num corpo de velha, e cada vez mais.
Venham os aliens da Sigourney! Pode ser que assim consiga deixar sair a adolescente e ficar só eu. Será que eu existo???
Isto tudo para concluir que não vou perder a reposição dos
trintões
e muito menos a estreia de
Antes do Anoitecer
Será um teste a mim mesma! Boa sorte!
Senão vejamos, como é que se explica que apareçam ou reapareçam, ao mesmo tempo, dois marcos da minha adolescência. Querem fazer-me sentir velha? Não! Acho que querem mesmo fazer-me entender que nada mudei!!! Como é que é possível? Não vi nenhum deles ainda, até porque o
filme
ainda não estreou.
Mas palpita-me que me falarão como me falaram. Terei parado nos 16 anos. Pensando bem, a
série
deve até ser mais velhota. Terei parado ainda mais atrás???
Dá um significado completamente diferente àqueles simpáticos comentários do estilo “Que engraçado, pareces mais nova!”
E eu a pensar que era bom?!?!? A carinha de menina manter-se-ia até aos 60 e nunca ninguém me diria: “Estás com um ar cansado, a vida tem-te deixado marcas.”
Se calhar não dizem, porque não deixa mesmo. Assim não vale, assim não quero jogar! Quero que ela me deixe marcas, só não quero é que se vejam.
Acho que deve estar a funcionar ao contrário. Devia ter suspeitado disso quando passeando (já um pouco irritada, confesso!, com a enorme multidão que insistia em formar uma barreira intransponível) pelo Bairro Alto a tentar furar até ao bar do costume, um puto dos seus 18 anos se vira para o outro e, referindo-se a mim, lhe diz naturalmente: “Olha aí! Deixa passar a senhora.”
Sim, eu, a minha pessoa, a senhora!!!!! Não é aceitável. NÃO!!!!!
E, não fosse já isto suficientemente mau, descubro agora que com enorme probabilidade, serei, para o resto da vida uma adolescente presa num corpo de velha, e cada vez mais.
Venham os aliens da Sigourney! Pode ser que assim consiga deixar sair a adolescente e ficar só eu. Será que eu existo???
Isto tudo para concluir que não vou perder a reposição dos
trintões
e muito menos a estreia de
Antes do Anoitecer
Será um teste a mim mesma! Boa sorte!
sexta-feira, outubro 08, 2004
Tudo aquilo que EU não sabia e tinha medo de perguntar
Medo, medo não seria. Mais vergonha. Mas, agora que sei, estou pronta a admitir a minha anterior ignorância.
Desde sempre afirmei, e rapidamente reafirmo, detesto aquelas máquinas. Sim aquelas, os computadores!
Reconheço. Dão jeito. Mas são estúpidos que nem portas e não gostam de mim, tenho a certeza, é uma sociedade inteira de máquinas estúpidas contra mim. Mas contra factos não há argumentos e como tal rendo-me, venceram, podem controlar a minha vida!
Talvez tenha sido por esta incapacidade de relacionamento que demonstro que me fui tornando aos poucos ignorante, e tinha vergonha!, já não tenho.
Perdi a vergonha e perguntei. Afinal para que servem os amigos senão para nos podermos mostrar com as nossas fraquezas e defeitos à sua frente? Foi durante um jantar entre conversas sobre pastéis de nata, blogs e Lol's.
Não sabia o que era LOL! Imagine-se!?!?? - Laughing Out Loud - fácil, não?
Não sabia o que era ROTFL! - muito fácil também - Rolling on The Floor Laughing
THX - Thanks
E etc, etc, etc! Já tenho mais uma linha no curriculum: Internetês fluente escrito e lido. Isto porque, obviamente, esta língua totalmente absurda não se fala!
Muito obrigada meu querido amigo. Saí das trevas para o conhecimento do Internetês!
Já posso perceber aquele forum "muito a frente!" para adolescentes estranhos que o canal da TV Cabo passa. São miríades de sms's ainda mais estranhos do que os seus autores!
Já sei mais qualquer coisa, pouco, mas sei onde posso saber mais! - aqui!
Desde sempre afirmei, e rapidamente reafirmo, detesto aquelas máquinas. Sim aquelas, os computadores!
Reconheço. Dão jeito. Mas são estúpidos que nem portas e não gostam de mim, tenho a certeza, é uma sociedade inteira de máquinas estúpidas contra mim. Mas contra factos não há argumentos e como tal rendo-me, venceram, podem controlar a minha vida!
Talvez tenha sido por esta incapacidade de relacionamento que demonstro que me fui tornando aos poucos ignorante, e tinha vergonha!, já não tenho.
Perdi a vergonha e perguntei. Afinal para que servem os amigos senão para nos podermos mostrar com as nossas fraquezas e defeitos à sua frente? Foi durante um jantar entre conversas sobre pastéis de nata, blogs e Lol's.
Não sabia o que era LOL! Imagine-se!?!?? - Laughing Out Loud - fácil, não?
Não sabia o que era ROTFL! - muito fácil também - Rolling on The Floor Laughing
THX - Thanks
E etc, etc, etc! Já tenho mais uma linha no curriculum: Internetês fluente escrito e lido. Isto porque, obviamente, esta língua totalmente absurda não se fala!
Muito obrigada meu querido amigo. Saí das trevas para o conhecimento do Internetês!
Já posso perceber aquele forum "muito a frente!" para adolescentes estranhos que o canal da TV Cabo passa. São miríades de sms's ainda mais estranhos do que os seus autores!
Já sei mais qualquer coisa, pouco, mas sei onde posso saber mais! - aqui!
Impressões coincidentes
Sensação boa esta de sentir que a mão que nos tocou a nós tocou também outros. Que alguém ao mesmo tempo foi enfeitiçado connosco.
Estava atolhada de trabalho e resolvi a questão ignorando-o, cruzando a blogosfera em território português, deparei-me com A montanha mágica. Não pude deixar de aterrar, desligar os motores e por ali passear feito Armstrong.
Levei quase um ano a ler o romance de Mann que lhe empresta o nome. Custou-me mas não desisti, imberbe aprendiz de leitora, como podia se era este o livro da vida de alguém?
Acho de uma coragem atroz apontar com segurança na voz e dedo hirto: "Este é o livro da minha vida". É dizer, aqui estou eu numa bandeja. Sem segredos nem mistérios.
Tinha que ler! Assim foi, e contra todos os prognósticos, dada a dificuldade inicial da relação com aquela resma de papel, gostei. E gostei mais agora que o li pela segunda vez!
Tinha percorrido ainda poucos metros nesta nova montanha que estava a descobrir e tropecei na Pastoral Americana. Fechei o livro pela última vez no dia 25 de Setembro.
Dasss!!! Horas e horas sem dormir entre aviões e aeroportos, ainda com cheiro a Índia, agarrada ao livro, olhos e mente para ele apontados. Era imperativo que terminasse de ler o livro antes de pisar solo português. Onde já se viu levar 3 semanas a ler um livro. Voltou-me à memória a saga da montanha. Mas desta vez o enredo complicava-se. Como era possível que, estando completamente enfeitiçada pelo livro, ele me desse tanta luta. E de onde vinha essa luta? Será que as páginas cresciam à minha passagem. Não percebi, mas vencemos. Pousei pé em território nacional com a batalha ganha e com aquele sentimento meio melancólico de quem acabou de ver o último episódio de uma série de culto, tudo se desvendou, tudo acabou bem, todos viveram felizes para sempre, mas e agora? o que faço com este vazio?
Corri a dizer a quem me quisesse ouvir: Li o livro mais fantástico estas férias! Muito Bom! Aconselho vivamente! A Pastoral Americana - Philip Roth.
Corri também a agradecer a sugestão e aí me dei conta que a fonte desta última tinha sido também a fonte da primeira - da Montanha Mágica. Boa fonte por sinal!
Agora nesta montanha mágica de 30 de Setembro, vejo novamente juntas estas duas referências.... Interessantes coincidências!
De qualquer das formas, tudo isto para deixar aqui esta referência. Muito boa onda este blog. Parabéns!
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Estava atolhada de trabalho e resolvi a questão ignorando-o, cruzando a blogosfera em território português, deparei-me com A montanha mágica. Não pude deixar de aterrar, desligar os motores e por ali passear feito Armstrong.
Levei quase um ano a ler o romance de Mann que lhe empresta o nome. Custou-me mas não desisti, imberbe aprendiz de leitora, como podia se era este o livro da vida de alguém?
Acho de uma coragem atroz apontar com segurança na voz e dedo hirto: "Este é o livro da minha vida". É dizer, aqui estou eu numa bandeja. Sem segredos nem mistérios.
Tinha que ler! Assim foi, e contra todos os prognósticos, dada a dificuldade inicial da relação com aquela resma de papel, gostei. E gostei mais agora que o li pela segunda vez!
Tinha percorrido ainda poucos metros nesta nova montanha que estava a descobrir e tropecei na Pastoral Americana. Fechei o livro pela última vez no dia 25 de Setembro.
Dasss!!! Horas e horas sem dormir entre aviões e aeroportos, ainda com cheiro a Índia, agarrada ao livro, olhos e mente para ele apontados. Era imperativo que terminasse de ler o livro antes de pisar solo português. Onde já se viu levar 3 semanas a ler um livro. Voltou-me à memória a saga da montanha. Mas desta vez o enredo complicava-se. Como era possível que, estando completamente enfeitiçada pelo livro, ele me desse tanta luta. E de onde vinha essa luta? Será que as páginas cresciam à minha passagem. Não percebi, mas vencemos. Pousei pé em território nacional com a batalha ganha e com aquele sentimento meio melancólico de quem acabou de ver o último episódio de uma série de culto, tudo se desvendou, tudo acabou bem, todos viveram felizes para sempre, mas e agora? o que faço com este vazio?
Corri a dizer a quem me quisesse ouvir: Li o livro mais fantástico estas férias! Muito Bom! Aconselho vivamente! A Pastoral Americana - Philip Roth.
Corri também a agradecer a sugestão e aí me dei conta que a fonte desta última tinha sido também a fonte da primeira - da Montanha Mágica. Boa fonte por sinal!
Agora nesta montanha mágica de 30 de Setembro, vejo novamente juntas estas duas referências.... Interessantes coincidências!
De qualquer das formas, tudo isto para deixar aqui esta referência. Muito boa onda este blog. Parabéns!